Projeto de fabricante joinvilense de jipes foi aprovado na Zona Franca de Manaus
A Tecnologia Automotiva Catarinense (TAC) não tem como competir com o Troller e outros jipes 4 x4 se permanecer com a fábrica em Joinville ou em outro município catarinense. Isso porque as fábricas instaladas em Manaus e no Nordeste ganham incentivos fiscais federais, diz o presidente da SCParcerias, Gerson Berti.
A SCParcerias investiu R$ 6,18 milhões nos últimos três anos na TAC. A empresa pública é dona de 13,51% do controle da fabricante do jipe Stark. Berti explica que foi avisado de que “desde agosto de 2010 a TAC está negociando para se instalar na Zona Franca”.
Segundo a imprensa de Manaus, no dia 26 de agosto o conselho de administração da Superintendência da Zona Franca aprovou o projeto de instalação da TAC. A reunião foi presidida pelo secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, no Amazônia Golf Resort.
O Estado da Bahia (onde incentivos são muito atrativos) e Minas Gerais (onde está a Fiat e fornece os motores do jipe) também demonstrou interesse em receber a fábrica do Stark. A diretoria da empresa não quis se posicionar sobre o assunto.
Berti é claro na explicação para o desembarque da TAC de Joinville.
– Houve um erro estratégico sério porque não se avaliou que os estados do Nordeste e o Amazonas, via zona franca, oferecem vantagens fiscais e tributárias, contra as quais não conseguimos ser competitivos.
O preço do Stark – mais de R$ 90 mil –, produzido em escala pequena, torna o produto não rentável para os acionistas. Alternativa pensada seria transferir a unidade para o polo tecnológico de Lages. Isso só resolveria o problema do custo de aluguel. E não seria solução para a questão mais grave: falta de competitividade.
claudio.loetz@an.com.br
CLAUDIO LOETZ | Joinville
A novela |
- Outubro de 2004 – Começa a ser projetado. Concluído em março de 2005. |
- Outubro de 2006 – “Nasce” o primeiro carro flex de SC. Motor é o Volkswagen Total Flex. É apresentado no Salão Internacional de São Paulo, com a promessa de estar no mercado no ano seguinte. |
- Janeiro de 2007 – Problemas com fornecedores, principalmente da caixa de direção e motor, paralisam os trabalhos. |
- Setembro de 2007 – Prazo prometido para o lançamento acaba e o Stark não está à venda. Volkswagen informa o fim da produção do motor flex que seria usado pela TAC. Começam as negociações com a FPT, do grupo Fiat, para o fornecimento do motor. |
- Março de 2008 – Stark pede R$ 6 milhões ao BNDES para viabilizar projeto. |
- Julho de 2008 – Proposta de parceria ganha força com os ajustes finais do motor italiano ao carro. |
- Outubro de 2008 – Anúncio da parceria entre a FPT e a TAC para fornecimento do motor para o modelo. |
- Dezembro de 2009 – As primeiras 25 unidades, que foram vendidas em 2008, são entregues para os compradores. |
- 2010 – Começa a produção do Stark em escala comercial. |
Fonte: Diário Catarinense http://bit.ly/cqsscI
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